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Foto do escritorRedação Europa

Quatro mulheres, quatro sonhos, quatro pilotos!

Quatro mulheres, quatro sonhos, quatro pilotos!

Quando a designer madeirense Sofia Correia leu no portal da FPAK a notícia intitulada “Procuramos as melhores Pilotos Femininas”, não hesitou em candidatar-se ao projeto da FPAK, que tem a colaboração da CRM Motorsport, direcionado para fomentar a participação feminina no desporto automóvel.


Mas não foi a única a ver essa oportunidade de alargar horizontes na sua carreira. Das 22 inscritas, cujas idades poderiam oscilar entre os 16 e os 35 anos, que participaram no processo de seleção foram “eleitas” quatro. E hoje Sofia Correia (34 anos), Margarida Barbosa (32 anos), Rafaela Barbosa (17 anos) e Jennifer Costa (35 anos) são as pilotos femininas dos Caterham 310R na Ladies Cup. A primeira jornada da competição, em julho, no Autódromo do Estoril, deixou-as bastante entusiasmadas e ávidas de aprender e evoluir ainda mais…


“A Ladies Cup foi uma oportunidade de eu voltar ao ativo de modo diferente”, explica Sofia – esposa do piloto João Silva, atual líder do Campeonato de Ralis Coral da Madeira –, que conta seis épocas de ralis (2008 e 2013) e em 2021 decidiu retomar o karting, sagrando-se campeã de Masters em 2022. No ano seguinte, quando foi mãe, fez uma breve pausa e esta época não resistiu de novo aos karts. “Corri agora, no Estoril, pela primeira vez em circuito, vivendo uma experiência muito enriquecedora. Estive sempre a melhorar e considero a experiência bastante positiva. Na próxima prova o objetivo é continuar a progredir. Quanto ao futuro, gostaria de continuar no ativo e esta iniciativa permite abrir portas para montar novos projetos no desporto automóvel”, concluiu Sofia Correia (34 anos).

Também com um passado desportivo repartido entre o karting (7 anos) e os ralis, cuja última temporada data de 2015 e culminou com o terceiro lugar final no DS3 R1 Challenge, há muito que a empresária Margarida Barbosa (32 anos) fazia planos para regressar à competição.

“Profissionalmente, não conseguia conciliar as duas atividades, até porque fui para o estrangeiro. Mas desde há algum tempo que pretendia voltar às corridas, até que vi nas redes sociais da FPAK que procuravam pilotos femininas…”, lembra a piloto de Famalicão. “Estive muito tempo parada e não estava ao meu melhor nível no Estoril, o que tornou mais difícil a minha progressão e a adaptação ao Caterham. De qualquer modo, adorei a experiência e fui melhorando aos poucos, ficando com a convicção de que da próxima vez será menos complicado. Adorava, depois da Ladies Cup, continuar em atividade, quem sabe na Porsche Cup, isso seria o ideal. Vamos ver…”

Quatro mulheres, quatro sonhos, quatro pilotos!

Há uma década em Portugal, a brasileira Jennifer Costa (35 anos) encontrou na Ladies Cup promovida pela FPAK o caminho para retomar a sua carreira iniciada aos 7 anos no seu país natal, primeiro no karting e depois nas corridas de automóveis em circuitos.

“Assim que surgiu no portal da FPAK a notícia de que se procuravam pilotos femininas, recebi vários alertas de amigos, inclusive do amigo Ricardo Teodósio”, conta a médica dentista de Esposende, que depois de se ter fixado no nosso país fez a estreia nos ralis em 2023, nos campeonatos Start Sul e Promo Sul, com um Peugeot 106 Rallye. “Gostei bastante da experiência de voltar aos circuitos no Estoril. Não houve muito tempo para treinos, mas foi uma jornada fantástica e uma grande aprendizagem. Quanto ao futuro, só quero é continuar, seja nos ralis ou nos circuitos, e ser competitiva”.

Com apenas 17 anos, Rafaela Barbosa, de Paços de Ferreira, que está na sua quinta época de ralicrosse e luta atualmente pelo título de 2RM (duas rodas motrizes) no Campeonato de Portugal, decidiu inscrever-se na Ladies Cup “para adquirir experiência e conhecer uma nova realidade”. Filha do antigo piloto e campeão Mário Barbosa, uma referência naquela modalidade automobilística, Rafaela guarda boas recordações da primeira vez que rodou no circuito do Estoril aos comandos do Caterham 310R.

“Aquele não era o meu mundo, mas o carro é fácil de conduzir e adaptei-me bem, melhorando de forma progressiva, embora o tipo de condução seja muito diferente do ralicrosse. Para já, este ano a minha prioridade centra-se no ralicrosse e depois veremos como correrá a segunda jornada da Ladies Cup. A partir daí não sei, mas gosto muito do desporto automóvel e o que pretendo, acima de tudo, é continuar a correr”.

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